quinta-feira

PT, PCC, PSDB e escolhas


Um colega me dizia que o PSDB é o culpado por tudo o que estava acontecendo em São Paulo. Disse que ele tinha razão. Ora, qual é o alvo indireto (já que sabemos que os diretos são as bases da polícia militar, bancos, supermercados, ônibus etc) dos ataques? A resposta pode ser encontrada se solucionarmos uma outra questão: qual o estímulo ou a razão para os ataques? A polícia paulista trabalha com duas hipóteses: a) uma represália à prisão de um dos líderes do PCC ou b) uma resposta à suposta lista de 40 bandidos ligados ao PCC que poderiam ser transferidos para o Paraná. No que diz respeito a lista, não vejo a menor possibilidade, já que ela foi publicada pela mídia depois dos ataques terem iniciado. No que diz respeito à prisão, também não vejo uma razão fundamental. Quando o principal líder da facção criminosa denominada PCC foi preso, não houve manifestações desse tipo, nem sequer rebeliões. Por outro lado, não é tese, mas fato, que o governo do PSDB aumentou muito o combate ao crime organizado. Não o desmantelou, é verdade, mas também é verdade que jamais o faria sem o apoio do governo federal, ao qual incumbe a repressão e prevenção do tráfico de entorpecentes e contrabando de armas, a defesa e fiscalização de fronteiras etc. São Paulo tem a maior população carcerária do país, cerca de 50% do total. Em 1995, eram 55 mil presos, hoje, cerca de 130 mil. A população de presos mais que dobrou. Os seqüestros, outra importante fonte de recursos do crime organizado, despencaram e, dificilmente, a competente polícia paulista deixa de resolver os casos desse tipo. São Paulo também tem a maior e mais bem preparada polícia do país. São cerca de 100 mil homens. Não é bem paga, é verdade, porém, não se nega sua qualidade, eficácia e efetividade. Não nos esqueçamos do RDD – Regime Disciplinar Diferenciado, que começou nas penitenciárias de São Paulo e vem se transformando em regime nacional. Não são poucos, portanto, os motivos para o crime organizado querer interferir nas disputas eleitorais deste ano. Ora, não foi exatamente isso o que aconteceu na Espanha? Alguns leitores têm criticado o que chamam de “defesa daqueles que não foram competentes para impedir os ataques”. Não vejo sob esse prisma. Em qualquer lugar do mundo seria difícil impedir ataques esporádicos em território tão amplo. De qualquer maneira, ainda que fosse assim, Lula é o criador do PT do mensalão, do PT das Sanguessugas, do PT de Delúbio Soares, do PT de Silvio Pereira, do PT de Marcos Valério, do PT de Bruno Maranhã, do PT do MLST e do MST, do PT de Santo André, do PT das testemunhas e demais envolvidos no caso Celso Daniel, do PT de Jilmar Tatto (foto acima), o ex-secretário de transportes de São Paulo, da gestão Marta Suplicy, que responde a inquérito policial por fazer infiltrar nas cooperativas paulistas de perueiros o PCC de Marcola. O crime organizado quer interferir nas eleições e está clara para os brasileiros qual sigla partidária ele não quer no Palácio do Planalto. Minha escolha ficou mais fácil: escolha o lado oposto ao defendido pela bandidagem.

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