sábado

Os petralhas cobram isenção


Pensa-se que distribuindo tapas e elogios para todos os lados se alcancará a isenção. Bobagem. Como ninguém é igual, nesse jogo, um lado estará sempre em vantagem.




Já escrevi, aqui, que não sou isento, mas totalmente comprometido com as minhas convicções. Isento para a militância é cantar as glórias do partido “A” ou “B”. Quando se canta as glórias de “A”, a militância de “B” aponta parcialidade, quando se canta as glórias de “B”, a militância de “A” aponta parcialidade. Jogo besta. Não sou fetichista da isenção. Para mim, na mídia, só há dois tipos de isenção: aquela que serve para mascarar um posicionamento, nesse caso a defesa de um lado é feita rasteiramente e aquela administrada, ou seja, aquela isenção alcançada pela média da audiência ou dos leitores, nesse caso, o esforço é no sentido de “agradar” o público. Sou contra qualquer uma delas. Não sou isento. Não vou cantar as glórias de Lula para provar uma isenção que não existe. Não faço jogo rasteiro. Deixo minhas escolhas às claras para que qualquer um delas possa se defender. A democracia é que me garante este direito. Democracia, que implica em muitas coisas, também é poder expressar o que eu penso. O blog é uma expressão da democracia. Não será difícil, ao contrário até, encontrar pela rede blogs “isentos” fazendo campanha pró-PT. Talvez a internet seja o universo mais democrático e livre da sociedade. Há quem queira unir democracia e isenção. Em alguns casos, é um erro, em outros uma estratégia: unir democracia à isenção, ainda mais esse entendimento torto de isenção, na prática, é solapar essa democracia.

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