OAB: humanismo não resiste ao corporativismo

Segundo o Notícias Terra, para ver a matéria
clique aqui, a seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encaminhou na quinta-feira um ofício ao secretário de Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, pedindo solução para a situação no Centro de Detenção Provisório (CDP) de Araraquara, no interior paulista. Segundo informe divulgado pela OAB, a solicitação foi feita em caráter de máxima urgência. "A situação é trágica, decorrente de superlotação, questões de segurança, falta de atendimento médico aos presos e dificuldades de acesso dos advogados e da própria OAB-SP naquela unidade prisional, exigindo uma solução imediata", avaliou o presidente da seção paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D'Urso, no texto. O governador Cláudio Lembo culpou o os próprios presos pelo caos na penitenciária. Não se trata de uma alegação ou uma tese, é um fato óbvio que não ocorreu ao ilustre presidente da seção paulista da OAB. Após atenderem a ordem do PCC, os bandidos destruíram a penitenciária. A unidade prisional ficou irreconhecível. O que esperam os humanistas da OAB? A reconstrução da unidade levará ainda algum tempo e necessitará de recursos que poderiam estar sendo empregados na criação de novas vagas. É lógico que a situação em que se encontra a bandidagem foi uma escolha dela. O que esperavam após destruir o teto onde dormem? Por outro lado, o presidente da seção paulista da OAB deve muitas explicações. Enquanto assistimos os advogados patrocinarem mais do que causas dos, como dizer?, militantes ou correligionários do PCC, mas integrando o seu quadro e se utilizando das prerrogativas da função para cometer crimes, o ilustre senhor prossegue na sua saga humanista. O código de ética e disciplina da ordem é uma verdadeira piada e as ações no sentido de expulsar os maus elementos dos quadros são raras. Quando as autoridades acenam para a possibilidade de melhor controlar as atividades desses cidadãos nos presídios a OAB logo grita. Ele também não é simpático à proposta de Lei que proíbe que os serviços prestados por advogados sejam pagos com recursos de origem duvidosa, ou seja, recursos oriundos do crime. O humanismo dessa gente não resiste ao corporativismo.