A toda especial democracia de Chávez
Por Roberto Lameirinhas: "Às vésperas da votação de amanhã, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, voltou a ameaçar fechar jornais e emissoras de TV que ‘insistirem em trilhar o caminho do golpismo e da subversão’. Em novembro, a Assembléia Nacional - dominada totalmente por deputados que apóiam o governo - aprovou a Lei de Responsabilidade Social dos Meios de Comunicação, que sanciona com penas de multa e prisão empresas e jornalistas condenados por delitos de injúria e difamação ou de ofensa à pessoa do presidente. A advertência foi feita durante uma entrevista especial ao vivo, direto do Palácio de Miraflores, produzida pela emissora privada Venevisión. Indagado sobre se pensava em não renovar a concessão de alguns canais privados, Chávez respondeu: ‘Isso é perfeitamente possível. É perfeitamente possível que o país seja chamado a dar sua opinião sobre esse tema.’ O presidente venezuelano também disse ter-se “arrependido” de não ter fechado as maiores emissoras particulares do país depois do frustrado golpe contra ele, em abril de 2002. Citou especificamente quatro emissoras: Globovisión, Venevisión, RCTV e Televen. Curiosamente, quase todas as emissoras privadas optaram por transmitir a entrevista, por cortesia da Venevisión, da qual participavam também dois jornalistas de emissoras pró-governo, a estatal Venezolana de Televisión e a rede internacional Telesur. O programa - qualificado pela oposição de propaganda eleitoral - começou às 22 horas de quinta-feira (zero hora de ontem em Brasília) e se estendeu até depois da 1 da manhã de ontem. Deveria ter sido encerrado à meia-noite local, quando, por força de lei, as emissoras são obrigadas a executar o hino nacional." Para ler na íntegra, clique aqui.
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