quarta-feira

O todo confiável Mino Carta


Mino Carta
Diretor de Redação de Carta Capital


Muita gente acha o jornalista Mino Carta confiável. Hummm, o que quer dizer confiável, ainda mais para os que assim pensam? Não sei. Sei é que não o acho nem um pouco confiável. E nada tem a ver com as suas posições ideológicas, políticas e econômicas. Tem a ver com a sua total falta de lógica e profissionalismo. Quanto à lógica, deixo para outra hora. Fico agora com a questão do profissionalismo. Consta (e fui lá verificar) que Mino Carta publicou um texto no qual acusa o todo poderoso José Dirceu de ter se encontrado, em Portugal, no Hotel Pestana, dia 06 deste mês, com nada mais nada menos que Marcos Valério, o "carequinha". Surpreendido com a notícia, José Dirceu tratou logo de desmentir Mino. Ficou mais chocado com o fato de o jornalista não tê-lo procurado para checar a informação do que com a suposta mentira em si, disse. Eu, no lugar dele, teria ficado mais chocado com a mentira. Nem vou comentar o que este pequeno detalhe representa em termos psicológicos. Deixemos essa análise de lado. Mino rebateu: "Por que o irrita tanto a possibilidade de ter privado por alguns momentos com Marcos Valério", perguntou a Dirceu em seu blog.
Penso que Dirceu não faz bem para o Brasil e arrisco dizer que nunca fez. Mas não se trata disso agora. Mino Carta, mais uma vez, presta um desserviço a boa imagem do jornalismo. Não se dar ao trabalho de checar tal informação revela o método com o qual esse repórter trabalha. Que Dirceu tenha se encontrado com Valério, tudo bem. Que Mino Carta esteja fazendo jornalismo de quinta categoria, não é novidade. Agora, que a ala mais autoritária do petismo esteja se estranhando com aqueles que ela entende representar o jornalismo "sério" do Brasil, é coisa para refletir. E não venham dizer que isso é prova da "isenção" de Mino Carta. Primeiro porque há uma clara disputa interna pelo controle do petismo, e Chinaglia é um exemplo disso. Depois, Mino é muito mais um falastrão do que um jornalista cumprindo com seus deveres "partidários".

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