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Gerrilheiros das Farc bombardeiam unidade policial por cerca de seis horas e matam 16 agentes. (Reuters)

Centenas de homens das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior guerrilha esquerdista do país, atacaram na madrugada de ontem um quartel da polícia numa remota vila do norte, matando pelo menos 16 policiais, informaram autoridades.

Os guerrilheiros bombardearam por cerca de seis horas com morteiros improvisados o quartel na vila de Tierradentro, 370 quilômetros a noroeste de Bogotá, destruindo também casas vizinhas.A Polícia Nacional informou que pelo menos 16 agentes foram mortos. Jaime López, responsável pela segurança do departamento (estado) de Córdoba, onde ocorreu o ataque, disse que entre 10 e 12 policiais estavam desaparecidos e que quatro civis ficaram feridos no episódio. Segundo ele, o ataque teria sido promovido por, aproximadamente, 450 guerrilheiros.CombateHelicópteros e aviões de combate foram chamados para ajudar na defesa do quartel e forçaram os rebeldes a recuar, disse o general Jorge Ballesteros, comandante da Força Aérea. O Exército barrou a entrada de jornalistas na região, alegando que os combates persistiam.O Ministério da Defesa anunciou que tropas do Exército haviam entrado em confronto com uma coluna rebelde e que pelo menos três guerrilheiros perderam a vida. O ataque de ontem foi o mais mortífero desde que o presidente Alvaro Uribe assumiu seu segundo mandato, em 7 de agosto, e ocorre duas semanas depois que ele cancelou negociações com as Farc sobre uma possível troca de prisioneiros, após de culpar os rebeldes esquerdistas por um atentado com carro-bomba que feriu 23 pessoas numa academia militar em Bogotá.As Farc, que lutam pelo poder a mais de meio século, divulgaram um comunicado na noite de terça-feira reafirmando sua intenção de negociar com o governo.O quartel de Tierradentro havia sido recentemente construído por ordens de Uribe, respondendo a temores de moradores de uma possível uma ofensiva na região. Antes da desmobilização mediante um acordo de paz, as milícias paramilitares de direita controlavam grande parte da área norte da Colômbia.

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