sábado
Veja 3: Vivam as privatizações
"Surgiu finalmente na campanha eleitoral o debate sobre dois temas essenciais, as privatizações e os gastos públicos. O candidato Lula da Silva e o desafiante Geraldo Alckmin evitavam o máximo possível tocar nesses assuntos, considerados sensíveis pela opinião pública. Mas Lula, desde que foi acuado no debate do domingo, partiu para o ataque e acusou o tucano de ter como plataforma a redução dos gastos públicos e a venda de estatais. "As únicas coisas que eles sabem fazer é privatizar e cortar gastos", afirmou Lula, como se isso fosse uma mácula, e não uma virtude. O PT disseminou a boataria segundo a qual Alckmin venderia a Petrobras, o Banco do Brasil e outras companhias públicas. Essas privatizações, defendidas com bons argumentos, são corretas em princípio, mas impraticáveis por inapetência do mercado para absorver esses gigantes. Alckmin foi falsamente acusado de querer vendê-los.
Lula afirmou na semana passada, em entrevista ao jornal O Globo, que não teria privatizado a Telebrás nem a mineradora Vale do Rio Doce. Miopia ideológica do presidente-candidato. Foi a privatização da Telebrás que levou o telefone às camadas mais pobres da população, dando aos marceneiros, encanadores, mecânicos, costureiras, cozinheiras e outros profissionais um imprescindível instrumento de trabalho. O Brasil caminha para ter 100 milhões de telefones celulares, vendidos a preço de banana e com tarifas ao alcance do bolso dos trabalhadores. A Telebrás que Lula endeusa vendia um telefone por 5.000 dólares e, pior, não o entregava. Só os amigos do rei conseguiam ver suas linhas instaladas. Vivessem as telecomunicações ainda sob o jugo da Telebrás hoje, só os petistas teriam direito a um telefone. Será que é isso que atrai Lula no modelo estatal de telefonia?"
Assinantes lêem a reportagem completa clicando aqui .
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Veja 2: Grana das cartilhas pode ter pago dívida do PT, diz relatório do TCU
"Em sua edição de 13 de setembro, VEJA revelou a justificativa dada pelo governo ao Tribunal de Contas da União (TCU) para o desaparecimento de 2 milhões de encartes e revistas de propaganda institucional pagos com dinheiro público. O governo informou ao TCU que o material, sobre o qual não há registro nas repartições oficiais, havia sido entregue diretamente pelas gráficas ao Partido dos Trabalhadores. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), responsável pela elaboração da propaganda, isso ocorreu porque o PT se dispôs a distribuir os encartes e revistas à população, com o objetivo de baratear os custos para os cofres do Estado. Diante da explicação do governo, o ministro Ubiratan Aguiar, relator do processo que investiga o caso, afirmou, em voto proferido no mês passado, ter havido uma confusão inadmissível entre os interesses do governo e os de um partido político.
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Veja: Um enigma chamado Freud
Ele e o dossiêgate são como fogo e dinamite. Por isso, uma operação está em curso para mantê-los afastados. Se ela falhar, será um deus-nos-acuda
Antonio Gauderio/Folha Imagem | |
SEGURANÇA |
"Nas últimas semanas, uma operação abafa foi deflagrada para tentar apagar as chamas mais destruidoras levantadas pelo escândalo da compra do dossiê. Nessa operação aparece o que pode ser a impressão digital de um personagem muito próximo do presidente Lula. Esse personagem é Freud Godoy, ex-segurança pessoal de Lula e que até sua demissão, há quase um mês, ocupava o cargo de assessor especial do presidente. Freud teve seu nome citado pelo ex-policial federal Gedimar Pereira Passos, aquele que trabalhava com "tratamento de informações" na campanha de Lula e foi preso no dia 15 de setembro passado num hotel em São Paulo junto com o petista Valdebran Padilha. Gedimar e Valdebran foram flagrados com 1,7 milhão de reais para a compra do dossiê falso que serviria para ligar os tucanos à máfia dos sanguessugas. Depois de acusar Freud de ser o mandante da compra do dossiê em seu depoimento inicial, Gedimar recuou, retirando a única referência a Freud feita até agora na investigação do caso.
(...)
O que fez Gedimar mudar sua versão inicial e inocentar o assessor próximo do presidente da República? A apuração dos repórteres de VEJA mostra que a operação abafa seguiu um padrão mais ou menos constante na crônica policial do governo petista. Primeiro se comete um ilícito e depois se seguem outros ainda mais demolidores na tentativa de encobrir o primeiro. A operação faxina do dossiêgate contou com a colaboração jurídica do ministro Márcio Thomaz Bastos (sempre ele), da mãozinha financeira do tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e da força bruta de um cidadão até agora distante do caso: José Carlos Espinoza – como Freud, um grandalhão que trabalhou como segurança de Lula e ganhou um emprego no governo.
(...)
Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF em São Paulo. A visita ocorreu fora do horário regular e sem um memorando interno a autorizando. Um encontro com um preso nessas condições é ilegal. Ele pode ser encarado como obstrução das investigações ou coação de testemunha. De acordo com o relato dos policiais, o encontro foi facilitado por Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista.(...) O mais interessante, no relato dos policiais, viria a seguir. Severino teria acomodado os petistas em seu gabinete e determinado a Jorge Luiz Herculano, chefe do núcleo de custódia da PF, que retirasse Gedimar de sua cela. Herculano resistiu, pretextando corretamente que o preso estava sob sua guarda e que não havia um "memorando de retirada".
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sexta-feira
PT faz gritaria sobre cortes, MAS QUER O MESMO
À esq. ministro Paulo Bernardo e à dir. Yoshiaki Nakano, economista da FGV de São Paulo.
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PT quer familia de Alckmin na campanha. Por que não?
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Governador troca apoio a LULA por R$ 1 bilhão
Tornou-se hábito. Tornou-se escancarado e sem vergonha. Lula oferece R$ 1 bilhão por apoio. Maggi aceita, não esconde e acha que é tudo normal. Reportagem é da Veja on Line: "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve na quarta-feira apoio do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi. A adesão não foi impedida pelo fato de Maggi ser do PPS, partido que apóia o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin: afinal, na própria quarta o governador obteve a mando do presidente uma liberação bilionária de verba para seu Estado, além de recursos ao agronegócio.Maggi confirmou a ligação entre a liberação de 1 bilhão de reais para seu Estado e mais 2 bilhões para os agricultores com a decisão de apoiar Lula. A liberação foi acertada com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Isso é normal em uma pauta de reivindicações, quando você dá apoio. Faz parte da política. Vim aqui conversar com o presidente para saber se estava certo." Para ver a matéria completa, clique aqui.
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Líder dos sanguessugas afirma que Oswaldo Bargas e Expedito Veloso pediram a ele para mencionar tucanos na entrevista à "IstoÉ"
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Defesa do "Faz Tudo" de Lula é inverossímil diz Polícia Federal
Por Lilian Christofoletti na Folha desta quinta: "O superintendente da Polícia Federal de São Paulo, Geraldo Araújo, disse ontem ser inverossímil a defesa apresentada pelo ex-policial Gedimar Passos, que afirmou ter sido induzido pela própria PF a citar Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como envolvido na compra de um dossiê contra tucanos. ‘Gedimar [Passos], que se aposentou na Polícia Federal e é advogado, certamente saberia ter se defendido numa situação de suposta pressão. Além disso, ele teve outras oportunidades para retirar a acusação contra Godoy, mas não o fez’, disse o superintendente. Foi numa manifestação escrita enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), protocolada no dia 3, que o ex-policial voltou atrás e inocentou Godoy de ter participado da tentativa de compra do dossiê". Para ver mais, clique aqui
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Lula, que abomina graduações e pós-graduações, recebe aulas diárias de marketing
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segunda-feira
"Picolé de chuchu com pimenta", por Guilherme Fiuza. Não sou um analista, mas assim mesmo mereço.
Esse foi o bordão repetido pelas vozes esclarecidas mais simpáticas a Geraldo Alckmin. As menos simpáticas apenas ridicularizavam as pretensões eleitorais do picolé de chuchu.
Ninguém tem notícia de que Alckmin tenha chegado a empolgar algum analista político no território nacional. Alguns (poucos) até cogitavam a remota possibilidade de haver segundo turno, mas isto aconteceria graças ao fenômeno Heloísa Helena. Geraldo era apenas um picolé fadado a derreter sob o sol nordestino de Lula.
A confirmação de que a eleição presidencial terá segundo turno joga, imediatamente, uma população inteira de colunistas, acadêmicos, jornalistas, cientistas políticos e especialistas em geral no divã.
O maior trauma a ser superado por todos esses analistas nem é o segundo turno em si. É o fato de que não foi a super-Helô (murchou em 6%), nem o Eymael, nem as abstenções que adiaram a decisão da eleição presidencial.
O que decidiu a parada foi a votação estupenda (muito acima das melhores e mais recentes projeções) dele, o inexpressivo, o sem carisma, o chato, o candidato que não empolga, o picolé de chuchu.
Os quase 42% de Geraldo Alckmin, além de deixar dez entre dez entendidos de plantão em crise existencial, inauguram uma nova eleição absolutamente indefinida. Os cenários mais favoráveis ao tucano projetavam até outro dia uma diferença de pelo menos 15 pontos a ser tirada no segundo turno.
Agora, são só 6 pontos a separar Alckmin de Lula. Sugestão aos especialistas: ponham suas barbas de molho, e só tirem-nas de lá no dia 29 de outubro".
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Falha Nossa
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